Chama-me Festa se pisas esse terreno maior agora
dos homens não-cativos.
Chama-me Paciência se me não vires comer a fruta verde.
Chama-me Pátria se os rostos têm nome, as casas têm gente
e as mães não vêm à porta chamar os filhos para dentro
porque eles não estão para fora.
Chama-me Memória se tiveste o corpo pousado na roda
e do baloiço se desfez um bombo de sovas na pele.
Chama-me Fuga se voltarmos a Peniche
ou mesmo a Caxias,
ao largo de S.Vicente.
Chama-me Coragem se aderiste à greve
(tinhas um crédito e um contrato)
Chama-me Canto se és bacelada
Chama-me Esperança se me vens no colo
Chama-me Vitória
se acabas de chegar.
dos homens não-cativos.
Chama-me Paciência se me não vires comer a fruta verde.
Chama-me Pátria se os rostos têm nome, as casas têm gente
e as mães não vêm à porta chamar os filhos para dentro
porque eles não estão para fora.
Chama-me Memória se tiveste o corpo pousado na roda
e do baloiço se desfez um bombo de sovas na pele.
Chama-me Fuga se voltarmos a Peniche
ou mesmo a Caxias,
ao largo de S.Vicente.
Chama-me Coragem se aderiste à greve
(tinhas um crédito e um contrato)
Chama-me Canto se és bacelada
Chama-me Esperança se me vens no colo
Chama-me Vitória
se acabas de chegar.
(Comemoram-se hoje 60 anos sobre a fuga de Dias Lourenço, de Peniche.)